sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

D&G*

Dois aspectos muito importantes do projeto de Deleuze e Guattari nos foram a pouco revelados: a linguagem e a filosofia da história.
A linguagem do Anti-Édipo é a linguagem dos autos psicanalíticos, da literatura e do próprio inconsciente que flui pela boca do patológico. Há um estilo por trás da obra, estilo de difícil acesso em um momento complexo. Para se entender o obscuro tem que se inserir nele porque uma vez clareado o obscuro, ele perde sua natureza. É do relato, do conteúdo e da forma que se cristaliza o objeto e a mensagem é dada.
A filosofia da história é a filosofia da história universal da contingência. Não é uma história do desenvolvimento, uma história etapista. Não é uma não história ou ahistória. É uma história que não se enxerga sobre o tempo predominante, mas onde todos os tempos se sobrepõem e coexistem. Há outra história, mas é uma mesma história sempre e que tem o peso de uma história que aconteceu.
Precisamos pensar no agenciamento da linguagem com o devir, isso de fato precisa ser elucidado. Precisamos pensar na história das contingências como um ensinamento, como a história. O projeto de Deleuze e Guattari é amplo, extenso em sua intensidade e complexo, senão que irrestrito. Fomos seduzidos ou passaremos para o próximo?
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* despedida da filó em 2015 bem econômica. base da argumentação fornecida por Vladimir Safatle a respeito de Capitalismo e Esquizofrenia.

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