terça-feira, 15 de março de 2016
Essência verde e amarela
domingo, 13 de março de 2016
Prefácio da Segunda Edição*
[1] Diferente da matemática que aplica os conceitos à intuição.
[2] Como na física, os elementos da razão pura devem ser confirmados ou refutados pela experiência. Então, as proposições da razão pura, seus conceitos e princípios a priori, devem considerar os objetos a partir de pontos de vista diferentes: como objetos dos sentidos ou como objetos que são apenas pensados.
[3] A análise divide o conhecimento puro a priori em dois elementos: fenômeno e coisa em si. A dialética os reúne de acordo com a ideia do incondicionado e mostra que a distinção é verdadeira.
[4] Desde que o conceito seja um pensamento possível, mesmo sem validade objetiva, em acordo com as fontes práticas e não teóricas.
[5] Para o senso comum basta que: a. saiba que tudo não se realiza nessa vida (que é muito pouco tempo...), não há necessidade de se falar na simplicidade da substância; b. saiba dos deveres que se opõem às inclinações, não há necessidade de se falar de necessidade prática subjetiva e objetiva; c. saiba que o autor do mundo se manifesta na ordem, beleza e providência; sem necessidade de se falar em contingência do mundo e necessidade e um primeiro motor.
[6] Ressalta-se uma nova refutação do idealismo psicológico que admite as coisas externas como crença, podendo-se demonstrar rigorosamente a realidade objetiva de uma intuição externa. Trata-se da consciência de minha existência no tempo. Se o fundamento da minha existência é uma representação, é representação de algo em mim ou exterior a mim? Se só tenho consciência da representação ficaria indeciso, mas como tenho consciência da minha existência no tempo, então não se trata somente de representação, mas de representação ligada a algo que permanece (sentido, não imaginação). Existe, sim, uma consciência interna da minha existência na representação eu sou, mas uma intuição que determina minha existência não é intelectual, mas sensível porque ligada a algo que permanece e não sou eu. É o exterior que determina a minha existência, porque me dá uma representação permanente e mutável distinta de tudo o que sou.
quarta-feira, 9 de março de 2016
Forma e substância - um ensaio aristotélico meio kantiano*
Forma: está em algo.
Substância: é algo (mas pode estar em algo).
E matéria, é algo ou está em algo? À primeira vista é algo, é uma matéria - é palatável. A forma é palatável? Não parece, parece a essência.
Mas a matéria está em algo porque algo palatável não é algo definido (nesse caso, porque poderia ser) e nem que pode ser conhecido, é um resto, apenas. Um substrato material. Então, a matéria é a potência da forma que é ato. Mas matéria só é potência em algo, assim como a forma só é ato em algo, porque uma forma não palatável é vento, um susto.
A forma, existe sozinha? Não, é vento, desmancha no ar**. Ou só existe forma? ( essa ideia é muito fenomênica...)
A substância, existe sem forma? Não, aí é matéria. Então a substância parece ser somente o composto... Mas o composto se decompõe, porque é composto. Um substância não deveria nunca ser potência e ato ao mesmo tempo, mas sempre potência querendo ser ato e ato sendo potência. Mas não no mesmo tempo e nem no mesmo espaço. Por isso, se decompondo...
Parece que forma e substância se embricam enquanto existem. Mas uma substância, de fato existe?
A forma é existente em substância, ou seja, é significada pela substância, mais temporalmente que espacialmente.
A substância existente tem forma, é determinada pela forma, se predica da forma.
Portanto, de novo, a forma é [significada], a substância está [agora como forma].
Ontologia: Existe (é) pela forma - individua. (só sujeito)
Epistemologia: Conheço-o pela forma - universaliza. (sujeito-objeto)
"Se você existe pela sua forma (é único materialmente), eu te conheço pela sua forma (abstratamente)"
O concreto e o logos, separados. Ou é concreto ou é logos. A forma é concreto e/ou logos? A substância é concreto e/ou logos? Parece que a substância é concreto e a forma é logos. Mas como conheço a substância?
Não-particular: geral. Abstração? Síntese?
Comum: em muitos. Participação, concretude? Análise?
Em que o não-particular é diferente do comum?
Não-particular é o universal; particular está de acordo com a teoria da forma imanente. Contra Platão, a forma existe em substâncias particulares.
A forma específica é comum a muitas substâncias particulares. Contradição!!! Platão ou não Platão?
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* James H. Lesher. Sobre forma, substância e universais em Aristóteles: um dilema. In: Sobre a metafísica de Aristóteles: textos selecionados - coordenação de Marco Zingano. Editora Odysseus, São Paulo, 2009.
** Marx disse o inverso: "o que é sólido desmancha no ar" e Aristóteles, o que dirá? Talvez não dirá que a forma desmancha no ar, segundo Zingano.
domingo, 6 de março de 2016
Crítica da Razão Pura - Prefácio da Tradução Portuguesa*
** Não são propriedades das coisas como em Aristóteles, mas formas lógicas, funções do entendimento para unificar sujeito e predicado em um juízo, reduzindo as percepções à unidade de um objeto.
A primeira doutrina da substância: a substância segundo Aristóteles*
Em 26/06/2016: trecho a seguir alterado, retira-se o tachado e acrescenta-se o parágrafo seguinte.