domingo, 27 de abril de 2014

decisão

a decisão é o ato ou processo de escolher. e vivemos escolhendo, a toda hora e tudo. desde os rumos de nossas vidas a necessidades básicas, desde coisas irrisórias e bobas a atitudes perigosas e essenciais.

mas a decisão é livre? esse livre-arbítrio tão antigo... dúvido dele. estou aqui escrevendo agora. paro ou não? depende de mim? depende do que? estou apertado para ir ao banheiro. vou ou não? seguro até quando? se eu for agora, fui eu quem decidiu? e se eu for daqui dez minutos?

o homem é finito e limitado. faz ciência e tecnologia observando a natureza. inventa robôs com o que? todos os materiais estão na natureza. o limite do homem é a vida, nada mais.

difícil acreditar na escolha, na decisão, no livre-arbítrio. toda ação vem da razão e de nosso sentimento. mas não conhecemos nem um nem outro. o que é a razão, o racional? não sabemos. o que é o sentimento, a paixão? não sabemos.

será que decidimos sobre algo?

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Argumentação

A argumentação faz parte do nosso dia a dia porque, como seres sociais que somos, nos envolvemos em situações de diálogo onde precisamos defender nossas opiniões.

O processo de argumentação tem como meta o esclarecimento de nosso ponto de vista (dependendo da nossa certeza visa o predomínio de nosso ponto de vista). Nesse processo, podemos nos utilizar de alguns métodos, como a retórica (rebuscamento da oratória), a ética (baseado em um bem ou valor), a lógica (encadeamento de ideias) ou a empiria (experiência prática).

A retórica sem dúvida tem alto poder de convencimento porque pode iludir; podemos acreditar no discurso em si mesmo: emocionante, cativante, delicioso, triste.

A ética se agarra na cultura dos envolvidos, no que é relevante para o tema do debate e para os debatedores e pode ludibriar, pender, moralizar.

A lógica não tem sentimento nem valor, mas não tem erro. Não abarca tudo, mas satisfaz dentro do contexto e permite provar de trás para frente, e vice-versa.

A empiria é aquilo de cada um, do que apareceu na vida; está colada no mundo, resultado do que resvala em nosso corpo, das refregas de nosso entendimento com o dos outros.

Dependo do tipo de diálogo e da importância da situação (e de regras: quantidade de envolvidos, critérios de consenso e igualdade de condições) escolhemos o método que mais se adéqua.

Mas, independente do método, é a meta que importa: esclarecimento, se possível, certeza. Senão caímos no vazio da subjetividade que é oposto ao processo de argumentação. Vazio esse essencial, vital. Mas isso é tema para outra reflexão...