A argumentação faz parte do nosso dia a dia porque, como seres sociais que somos, nos envolvemos em situações de diálogo onde precisamos defender nossas opiniões.
O processo de argumentação tem como meta o esclarecimento de nosso ponto de vista (dependendo da nossa certeza visa o predomínio de nosso ponto de vista). Nesse processo, podemos nos utilizar de alguns métodos, como a retórica (rebuscamento da oratória), a ética (baseado em um bem ou valor), a lógica (encadeamento de ideias) ou a empiria (experiência prática).
A retórica sem dúvida tem alto poder de convencimento porque pode iludir; podemos acreditar no discurso em si mesmo: emocionante, cativante, delicioso, triste.
A ética se agarra na cultura dos envolvidos, no que é relevante para o tema do debate e para os debatedores e pode ludibriar, pender, moralizar.
A lógica não tem sentimento nem valor, mas não tem erro. Não abarca tudo, mas satisfaz dentro do contexto e permite provar de trás para frente, e vice-versa.
A empiria é aquilo de cada um, do que apareceu na vida; está colada no mundo, resultado do que resvala em nosso corpo, das refregas de nosso entendimento com o dos outros.
Dependo do tipo de diálogo e da importância da situação (e de regras: quantidade de envolvidos, critérios de consenso e igualdade de condições) escolhemos o método que mais se adéqua.
Mas, independente do método, é a meta que importa: esclarecimento, se possível, certeza. Senão caímos no vazio da subjetividade que é oposto ao processo de argumentação. Vazio esse essencial, vital. Mas isso é tema para outra reflexão...
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