sábado, 28 de junho de 2014

A Dama e o vagabundo

  Senhora FIFA despachou Luisito mais cedo para casa. Um cão raivoso? Não, um cachorro vira-latas, filho do terceiro mundo: o lado marginal do mundo !!! Porque a copa é dos ricos. E, me parece, que o povo brasileiro, a imprensa brasileira, na sua grande maioria, QUER ser colonizada pela dama de ferro.

  Nas matérias de TV e jornais que vemos, na cobertura dos times, os gringos brancos europeus estão se banhando na praia. Algum negro, alguém viu? Os africanos brigam por dinheiro, os alemães COLONIZADORES constroem um resort no paraíso da costa baiana. Playground de rico. Mas esses africanos antidesportistas brigando por dólar... Por que será, né, cara pálida???

  Mas a dama não protege os seus filhos. A dama quer dinheiro, quer sair na foto. O show tem que continuar. A dama usa os filhos e os joga fora: tem que dar exemplo !!! O que é isso, morder alguém em campo???? Fora !!!! Isso é evento de primeiro mundo. E as pessoas se comportam.

  E estamos incomodados com Luisito. Que vá logo, está estragando a nossa copa. Que fique em casa. Que suma !!! Não passou no teste mundial, perdeu. Temos que vencer, sempre. Se bobear: PUNIÇÃO. Que vá se tratar.

  Se acho a atitude del perro correta? Não acho. Mas, então, que se punam todos e vamos ver quem sobra... Que o comitê disciplinar da senhora FIFA trabalhe depois de todos os jogos e puna cabeçadas, cotoveladas, pisões. Que gravem tudo e punam tudo. O pupilo do time da CBF cometeu atitude imprudente em campo (cotovelada). Isso é coisa de jogo, da cancha.

  Se torço pelo time da CBF? Sim. E gosto de futebol e jogo no bolão. Mas podemos refletir com o jogo também. A bola ensina.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Vai tomar no cú

Abertura da copa do mundo no Brasil, ingressos a R$ 500,00, o time local vencendo o jogo de estréia e eis que se escuta: "Ei Dilma, vai tomar no cú!". Palavrão gostoso de se dizer, né? Melhor não tentar dizer isso na rua para alguém porque o resultado pode não ser muito bom...

Mas o povo vai no estádio para dizer palavrões e xingar todo mundo. Bem, não era bem o "povo" que estava lá, nosso povo anda melhorando de renda, mas quinhentos reais não é para qualquer um. Assim como não era qualquer um a ser hostilizado, era: 1) uma mulher, 2) já senhora e 3) presidenta da república, representante máxima do "povo". Já diria José Simão: "o brasileiro é cordial.".

Ousaria dizer que a cantoria se deu por pura falta de criatividade, por não se ter nada melhor para cantar, como aquele coro: "1 2 3, 4 5 6, 7!". Mas a reação da mídia sugere que, é verdade, o "povo" exagerou. Mas não é a própria mídia a cultivar tal espécie de ódio e rancor? De fato, além de falta de criatividade para se festejar a vitória com um cântico melhor, podemos dizer que o que se passou ali foi intolerância. Intolerância que se vê e escuta todos os dias por esse "povo" que estava lá, que deve estar no país errado. O lugar dele devia ser a Suíça, essa deve cumprir o nível de exigência.

Não quero ser politicamente correto, quero que a política seja feita em data e local apropriados e com o respeito que tal contenda merece. Mas o "povo" não quer mais saber de política porque o "povo" só pensa no seu bolso (cheio) e só quer morder o lucro, não quer dividir. O "povo" não quer mais partidos políticos porque tem muita gente querendo dialogar e dividir o bolo agora e, para esse "povo", é melhor uma ditadura que lhe dê garantias. Debater para que? Fora com os partidos.

Poderíamos sugerir a esse "povo" alguns temas para serem cantados em um estádio de futebol, inúmeras as marchinhas e bordões que temos de carnaval. Nosso samba e nosso pagode poderiam ser divulgados para o mundo em tamanho evento, são expressões de nossa cultura. Mas o "povo" não está preocupado com o mundo, prefere xingar a presidenta e partir para seus nobres compromissos sociais e afazeres importantes.