sábado, 24 de janeiro de 2015

O sistema e eu

Vivemos em um sistema ocidental capitalista normativo. É sistema porque é abrangente, complexo e abstrato. É ocidental porque revela uma característica cultural, religiosa e comportamental arrogante, prepotente e intolerante. É capitalista porque baseado no capital que pode ser mais popularmente associado ao dinheiro. É normativo porque mostra certos valores que devem ser seguidos e, fora dos quais, desvio-se da conduta estabelecida.

Nascemos, vivemos e nos relacionamos de acordo com esse pressuposto imperativo. Às vezes, percebe-se um fechamento total no sentido de possibilidade de mundo, seja no que tange a diversidade e diferença. Outras vezes, abre-se e bem se vive mas, guiando-se por ele. Mais vezes ou menos vezes, também é possível perceber que esse sistema é dado e é artificial, muito embora seja tomado como segunda natureza. Independente desses comportamentos, precisamos achar uma saída.

A saída mais correta e que promete melhores resultados é a ruptura. Mas somos resultado do sistema, fazemos parte dele; e é muito difícil amputar um órgão voluntariamente, mesmo que cancerígeno. Já que falta essa coragem e discernimento, resta-nos criticar positivamente quais possíveis soluções para que se caminhe no sentido de uma reforma. É triste, mas é uma constatação do que talvez seja possível no momento.

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