Cotidianamente precisamos dar respostas,
mas qual é a resposta certa? Não sabemos, mas temos que ter uma resposta. Se há
pergunta, há resposta, deve haver. Há vários tipos de perguntas, algumas
esperando uma resposta, algumas somente perguntando. Mas, se perguntar é
válido, é válido responder? Se uma pergunta exige uma resposta, qual é o valor
da resposta? A resposta é uma convicção ou somente uma resposta?
Uma convicção é uma verdade assumida e convencida
ao passo que uma resposta é uma busca pela convicção. Se não for pelo diálogo,
nunca haverá convicção e, portanto, a resposta é sempre uma construção. Não podemos
nos iludir com respostas que parecem convicções. A verdade, em se tratando de
uma formulação humana, é sempre relativa.
Parece haver uma ansiedade por respostas
convincentes mas uma resposta convincente não estabelece uma verdade. Uma
resposta convincente dura o tempo em que não se verifica outra resposta mais
convincente, ao menos outra resposta. Transferir o peso da pergunta para a resposta é
no mínimo antitético. Por que não respondes, cara pálida?
Atualmente rege a lei da resposta. Para uma
pergunta deve haver uma resposta, convicta. Mentira!! Uma convicção se dissolve
facilmente, uma resposta é uma procura que tenta se estabelecer. Somos curiosos
e queremos garantias, mas não há temos. Não se pode condenar uma resposta,
mas fazer com que ela se transforme em nova pergunta que, refletida, siga o
caminho de uma convicção que é sempre provisória.
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