Existem
várias maneiras de “nos virarmos” na vida, mas o discurso moderno, que não é o
contemporâneo, basicamente dividiu nossas possibilidades em empírica e racional,
embora de certa forma elas muito se correlacionem. Vis-à-vis, ambas não apresentam
garantia de sucesso e mais se adequam ao entendimento de mundo de cada um,
porém há que se prestar atenção ao rumo que estamos seguindo para verificar se
há correções de rota, já que tudo nos leva há uma práxis, enfim.
O
empirismo nada mais é do que uma prática particular em que se leva em conta o acúmulo
de experiências baseado, por um lado, em observações cotidianas, mesmo que
sistematizadas como acontece na ciência e, por outro lado, na troca de experiências
que se dão por um discurso casual. Se o ponto de partida é o particular, isso
não impede que se chegue próximo de um consenso e mesmo que tal se universalize,
atentando para que, aí, todos concluam o mesmo [ou tenham a mesma experiência].
O
racionalismo se guia pelas regras formais e lógicas do entendimento e da razão, orientando-se, grosso modo, pela idealização matemática [ou filosófica] do
mundo. Aqui se parte de definições, premissas, axiomas, preposições e, consequentemente,
corolários, e se chega a uma via demonstrativa. Se fundada em princípios bem
estabelecidos, a regra da razão não se contradiz e garante conhecimento certo e
seguro. Como se admite ser a razão igual para todos, ela é o particular e o
universal, ao mesmo tempo.
Então,
nos guiamos: racional e/ou empiricamente. O empirismo depende de circunstâncias,
mas a observação acurada e repetida e as variáveis condicionantes nos orienta
na práxis. O racionalismo se aplica às circunstâncias, seja pela prova ou
contraprova... Não é fácil "se virar" na vida e os recursos devem ser utilizados,
sejam eles racionais ou empíricos. Há momentos
em que o empírico vence, em outros o racional convence, mas aquele que vive e
se insere na práxis contemporânea deveria se utilizar de ambos, e isso não é antiético.
Nenhum comentário:
Postar um comentário