quarta-feira, 10 de abril de 2019

Abrangência


A respeito do exercício mental, há sem dúvida um aprendizado. Na realidade, o exercício mental envolve, de fato, habilidades corporais a ele associadas. Por mais que a atividade seja teórica, ainda assim estamos movimentando algo em nosso organismo. É plausível admitir que, ao estudar determinado assunto, passamos a ter maior conhecimento sobre ele e isso propicia domínio e familiaridade. Por exemplo, estudar Filosofia faz com que o sujeito conheça mais sobre Filosofia e as atividades corporais podem variar entre movimento dos braços e mãos para folear páginas, atenção dedicada ou mesmo ter que ir até a biblioteca buscar um livro. Tudo isso fisicamente muito básico.
Então, se estudamos a Ética não aprendemos a Lógica, ou aprendemos? O conhecimento se move por domínios e é sempre dispendioso e regular, insistente. Mas, se quanto mais eu estudo Ética, isso pode influenciar na minha capacidade de aprender Lógica?  O que pode importar nesse caso é o método, já que é necessário conhecer o conteúdo. Segue-se que muito estudar Ética pode e não pode impulsionar minha capacidade de aprender Lógica.
Por outro lado, há atividades físicas que dependem do mental, mas são mais físicas do que mentais. Por exemplo, o trabalho liberal, em grande medida, é um fazer e refazer diário, porém sobre conteúdos variantes. No final da estória, vale otimizar a conjunção do físico com o mental: se a execução [física] é dispendiosa, ela com certeza pode ser feita da melhor maneira e se tornar mais abrangente, ou seja, capaz de endereçar um número maior de casos e se aperfeiçoar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário