domingo, 26 de maio de 2024

Dois pensamentos da Flig 2024

A Flig é muito mais do que direi aqui, mas não é o caso de falar sobre ela, vale mais ir e conferir.
Assim como em 2023, em 2024 estivemos mais presentes do que em outros anos e não faltam reflexões, mas dois pontos me chamaram a atenção, particularmente.
O primeiro é a respeito de uma velha frase que escutamos em ocasiões de monta, qual seja, "até que a morte nos separe". Ora, se parece despretensiosa, cala. Cala no peito de carrascos e ressoa nos feminicídios. Até que a morte nos separe é o salvo conduto que os débeis reprimem esperando o momento de ataque. Por menos frases rigorosas e deletérias como essa. Por mais amor e leveza.
O segundo ponto trata da perversidade. Criado em Guaratinguetá, aprendi desde cedo que certas moças eram perversas, ou "pervas", no sentido de serem assanhadas. E qual o problema delas? Nenhum, há problema com a mentalidade perversa e tacanha de uma cidade antiga. Aprendi errado, a perversidade é de quem julga e quem julga quer punir. Sim, há gente que quer vigiar e punir e esses são os perversos.
E é por coisas como essa que a Flig é fundamental: em uma cidade atrasada é um sinal de luz. Que tenha vida longa!

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