Esse é um sino que volta e meia bate em
minha cabeça: Kant! Kant é o ápice de uma subida que vem desde Sócrates e congêneres,
jamais desmerecendo o que vem depois, isso obviamente levando em consideração o
pouco que sei.
Mas essa postulação de fenômeno e coisa em
si é uma coisa... É um fenômeno! E o mais interessante é que nós somos ambos.
Eu sou o seu fenômeno e sua coisa em si e você é o meu fenômeno e minha coisa
em si. Mas será que é só isso? Eu leio, leio, releio. Kant, Kant, Kant.
Sensibilidade, Entendimento, Razão. Sensibilidade
para cá, razão para lá, entendimento no meio. Intuição [pura], conceito, ideia.
Conceito pode? Lá pode. E ideia? Pode também, mas só pode, mais do que isso a
ideia não pode. Blém, blém, blém. Não, esse foi o padre da igreja aqui ao lado.
Kant, Kant, Kant.
Aonde começa o tempo? O tempo começa? Ou
não importa? Está tudo ali, mas não entendo. Leio, leio, releio. Leio pouco e
mal. Não tenho tempo e sou preguiçoso. Kant? Kant é o relógio, tic tac, todo
dia, mesma hora. Kant, Kant, Kant.
Se o tempo é infinito, não entendo. Não
represento. Se o tempo é finito, há vazio? O vazio não entendo, não represento.
Mas, há um tempo além de mim? Realismo. Só há tempo para mim? Idealismo. Idealismo
transcendental. Transcende o que? O que vejo, sinto, cheiro, toco. Kant, Kant,
Kant.
Conhecer? Conheço, especulativamente. Desejar?
Desejo, praticamente. Fluir? Fluo, judicamente. O que a razão não especula a razão
pratica. Vontade. Mas a razão também julga. O belo. Errei? Não sei... Kant,
Kant, Kant.
Um conhecimento analítico é aquele em que
a conclusão é derivada das premissas, aquela coisa meia moda antiga, silogismo.
Um conhecimento sintético não só analisa, vai além, experimenta. É isso? Kant,
Kant, Kant.
Antinomia: se é, não deveria ser, mas se
fosse pode ser que seria. Mas se não for, deixa de ser e aí não é mais. Então,
sendo ou não sendo, eis a questão: contradição? Do oposto do mesmo. Mas o
oposto do mesmo, é o mesmo, e o mesmo do oposto é o oposto. Porque? Kant, Kant,
Kant.
Tudo isso, pra dizer que o que valia até
então não vale mais. Mas pera aí, vale sim, mas de outro jeito. Que é parecido
com o jeito anterior, mas harmonizado. Aglutinado. Conciliado. Kant, Kant,
Kant.
Kant, o maior, me perdoe essas toscas palavras.
No quarto parágrafo, não é que não represento o infinito, mas não represento uma totalidade que inclua o infinito
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