Gostaríamos de falar um pouco sobre os
momentos da vida e como eles nos tocam e influenciam como, por exemplo, as datas
comemorativas, festivas ou marcantes, já que estamos no período das festas... Obviamente,
tais acontecimentos nos mobilizam e sensibilizam. Muitas vezes temos que nos
planejar com antecedência e nos preparar para viajar, encontrar parentes e
amigos, etc. Esse é um dado de realidade que nos permeia desde os primeiros
anos de vida e assim somos constituídos.
Importantes ou não, chatos ou legais, eles
são inevitáveis e extremamente relevantes, quer participemos ou não, afinal há
uma possibilidade de fuga e ela não é descartável. Porém, durante tais períodos,
ainda há rotina, mesmo que tutelada pelo evento principal. Há o dia e a noite,
a segunda-feira, terça-feira, etc., o fim de semana. Há o dia a dia, o início e
o fim do mês, etc. Há ciclos: horários, diários, semanais. E o que sobressalta
nessa rotina é o repentino, já que dentro do previsto há o imprevisível que nos
traz a novidade que deve ser administrada.
Então, por mais que haja rotina, há situações
inusitadas e, na repetição, há a diferença. Um hábito, independentemente de sua
frequência, é um hábito onde se pretende retomar uma experiência passada que
nele é projetada. Um hábito é um fazer reiterado onde cada reiteração não é a
mesma. De certa forma, uma rotina é sempre a garantia de que haverá a repetição,
independentemente de quão diferente seja ou não, ou até que atinja certo
limite, etc.
Se de dia falo lé e de noite falo cré,
lé com cré são linguagens suplementares. Mas tanto lé influencia cré como cré
influencia lé. Afinal somos um, embora nem sempre o mesmo. É dessa interação e
dessa interminável e dinâmica sucessão que vamos construindo os momentos de
nossa vida, ainda mais em período de festas, pois as variáveis se multiplicam. Embora
anestesiados pela multiplicidade de tais situações sempre nos haveremos com nossos
lés e nossos crés. E se não falo lé com cré é porque eu num qué.
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