Schopenhauer abre parênteses no seu
discurso sobre a moral para criticar algo que Kant manteve intacto: além do
dever aos outros o dever a nós. E abjeta esse dever veemente. O dever a nós
pelo lado do direito é impossível porque quem quer cometer injustiça contra si?
Já pelo lado do amor a moral chegou atrasada: tal dever já está na moral
cristã. Citando Mateus 22,39: “Ama teu próximo como a ti mesmo”, é o amor
tomado a si que vale primeiramente. E daí viria o dever em relação a nós: dever
de autopreservação. Mas, dever de autopreservação não é dever, é medo! Medo de
morrer, do suicídio? Animais tem sofrimento corporal, mas vivem enquanto podem.
Homens tem sofrimento corporal aliado a sofrimento espiritual e vivem enquanto podem,
mas também enquanto querem... Havendo motivos para o suicídio, eles tocariam
mais fundo e estariam para além da ética.
Auto dever não é moral: ele se vale de
regras de prudência ou de prescrições dietéticas[1]. Situa-se,
então, na proibição da luxúria contra a natureza, para Schopenhauer, nos
pilares: onanismo[2], bestialidade[3] e pederastia[4]. O
primeiro é vício de infância e seria combatido pela dietética e higiene e o
segundo tão anormal e horrível por si só. Das transgressões sexuais, apenas a
pederastia encontraria lugar na ética, no trato da justiça, visto ser injusto a
corrupção de alguém física e moralmente.
* Sobre a admissão dos deveres em relação a nós próprios, em especial. In: Sobre o fundamento da moral - Crítica do fundamento dado à moral por Kant.
[1] Dietética: preocupação com a beleza, busca do belo caráter na alma e traços exteriores que se combinam. Desse modo, a estilização da sexualidade, a preocupação com a moral, com a reputação e com a beleza nos permite entender o modo como os afhrodisia e a dietética fazem parte do conjunto de práticas que viabilizam transformações no próprio sujeito, destinadas às existências até então mal conduzidas e para prolongar a vida. In: http://www.webartigos.com/artigos/uma-reflexao-sobre-a-moral-sexual-segundo-michel-foucault-dietetica-e-afhrodisia-na-constituicao-de-si-mesmo/121986/.
[1] Dietética: preocupação com a beleza, busca do belo caráter na alma e traços exteriores que se combinam. Desse modo, a estilização da sexualidade, a preocupação com a moral, com a reputação e com a beleza nos permite entender o modo como os afhrodisia e a dietética fazem parte do conjunto de práticas que viabilizam transformações no próprio sujeito, destinadas às existências até então mal conduzidas e para prolongar a vida. In: http://www.webartigos.com/artigos/uma-reflexao-sobre-a-moral-sexual-segundo-michel-foucault-dietetica-e-afhrodisia-na-constituicao-de-si-mesmo/121986/.
[2] Prática do coito interrompido.
In: http://conceito.de/onanismo.
[3] Praticar sexo com animais. In:
http://www.dicionarioinformal.com.br/bestialidade/.
[4] Relacionamento entre homem e
menino. In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pederastia.
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