sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Liberdade


Liberdade, liberdade. Existe?

Um ser livre, um pensamento livre. Existe? Existe alguma coisa capaz de ser livre? Não existe. Mas, se existe, não sabemos.

Porque a liberdade DEVE ser independente de relações. Portanto, se existe a liberdade, ela é desconhecida, porque existe sozinha.

Uma coisa só é livre se não tem causa. Não essa causa da natureza, de causa e efeito, natureza mecânica. Uma coisa só é livre se é espontânea e NADA é espontâneo. Tudo vem a reboque. Está tudo determinado.

Não significa que não se pode agir, que não se pode pensar. Pode-se pensar e, pensando, decidir. Mas não há liberdade. 

Não se trata de resguardar a luta, de abolir a consequência. A luta existe e transforma. Evolui-se.

Mas NADA é livre. Nada do que conhecemos, nada do que há no mundo sensível, nada do que há por dentro dos seres, nenhuma estrutura é livre.

Qualquer ação cujo gatilho não se conhece ou não se reconhece é uma ação que se origina. Mas a origem exige alguma participação. E só existe liberdade com participação.


5 comentários:

  1. liberdade ao pé da letra digamos, não convem nesse mundo pois se algo é livre logo ela não faz parte das leis que são impostas em cima de qualquer coisa viva e não viva dessa sociedade. A maior questão sobre isso seria a ligação etno-religiosa que estabelece para com a sociedade: livre arbitrio; Se uma divindade nos "deu" livre arbitrio, porque nao deu tambem um mundo onde esse direito se encaixe? fica ai essa questao. Parabens otima pagina, abraços. Dri.

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  2. felipe, ótima questão, muito perspicaz. realmente estamos presos nessas leis das coisas. vamos tentar verificar essa questão do livre-arbítrio e do que é possível fazer com ele para nossa autonomia e ação.

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  3. Bem doido a reflexão. Como, então, liberdade tem a ver com participação, que anarquia e sociedade alternativa acho que não vira, e que o que temos para hoje é a democracia, bom que ela seja o mais participativa possível, além de eleições diretas, já que a vontade e necessidade de participação dos cidadãos é premente. Sendo assim, que as ações, os fóruns e órgãos participativos sejam de fato, participativos e efetivos, ao menos com composição paritária, e que os entendimentos sejam de fato levados em consideração no momento da decisão do executivo. Participação, participativo, participação, participativo. Esse Dri levantou uma bola interessante mesmo. Então o livre- arbítrio (é com traço mesmo?) deveria chamar-se: arbítrio? E como já dizia aquele samba da Imperatriz de 1989 (procurei no "Google"): liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós!

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  4. João, interessante sua abordagem política porque quando falamos que está tudo relacionado, falamos de pessoas também, e aí a necessidade de participação e interação. E digo mais, comunicação e, se possível, deliberação. Dentro desse modelo que temos hoje de democracia representativa, temos que ampliar as possibilidades de participação e a capilaridade dos partidos, que deveriam estar mais perto do povo, concorda?

    Sobre o livre-arbítrio, conforme colocou o Dri, ele nos foi "dado" por Deus, ou seja, não é livre... Talvez estaria mais para arbítrio, mas preciso refletir um pouco mais sobre isso e sobre a interdependência dos conceitos de liberdade e livre-arbítrio para tratarmos em uma próxima ocasião.

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  5. A liberdade. O direito de ir e vir, de podermos estar onde quisermos, é como o cartão VIsa meu amigo, não tem preço!

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